A eleição para os cargos do Conselho Tutelar de Belo Horizonte foi realizada neste domingo (3), após a anulação do pleito de outubro. Na época, foram encontradas inconsistências entre o número de cadastros e votos registrados.
Segundo a prefeitura da capital, a nova votação registrou 50.714 eleitores cadastrados e ocorreu de forma "tranquila, com poucas ocorrências e sem longas filas". O resultado oficial será publicado no Diário Oficial do Município em até 48 horas após o término da apuração.
Os portões dos postos eleitorais foram abertos às 8h e fechados às 17h. Quem já estava dentro dos locais após o fechamento recebeu uma senha e pôde votar normalmente. A última seção foi finalizada às 19h.
Desta vez, os eleitores utilizaram cédulas de papel, que foram depositadas em urnas de lona lacradas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). Cada pessoa foi cadastrada e recebeu uma cédula com a lista de candidatos da regional para o registro do voto.
Eleitores utilizaram cédulas de papel, que foram depositadas em urnas de lona lacradas pelo TRE-MG — Foto: Reprodução/TV Globo
Outra mudança foi o aumento das seções eleitorais. Em relação ao pleito de outubro, o número triplicou, passando de 126 para 378 (divididas em 63 postos de votação).
Em BH, há nove conselhos tutelares, um para cada região da cidade. Há também um plantão centralizado que atua à noite, aos fins de semana e feriados.
Ao todo, serão eleitos 45 conselheiros titulares, que vão atuar nas regionais administrativas, e nove suplentes, que trabalharão no plantão centralizado. Eles vão tomar posse no dia 10 de janeiro de 2024 para um mandato de quatro anos.
A eleição realizada no dia 1º de outubro foi anulada após inconsistências nos resultados. De acordo com a prefeitura, foram feitos cerca de 53 mil cadastros de eleitores, enquanto 49 mil votos foram registrados.
Na sede da Secretaria Municipal de Educação, em Belo Horizonte, eleitores encontraram filas para votação — Foto: Elton Lopes/TV Globo
Belo Horizonte usou um método próprio, desenvolvido pela Empresa de Informática e Informação do Município (Prodabel). No entanto, eleitores relataram diversos problemas. O sistema caiu e apresentou lentidão. A votação teve que ser prorrogada, e cédulas de papel foram usadas.
No mesmo dia, a Defensoria Pública de Minas Gerais recomendou a anulação da votação, o que não foi acatado de imediato pela prefeitura. O órgão, então, ajuizou uma ação na Justiça, apontando diversos problemas, como uso de urnas improvisadas de papelão e votos não computados.
Urnas improvisadas em caixas de papelão e atas fora do padrão foram irregularidades apontadas pela Defensoria. — Foto: Reprodução
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