Romeu Sabará era licenciado em Ciências Sociais pela UFMG e doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Ele chegou a lecionar como professor visitante no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de Havana, em Cuba.
Romeu Sabará era licenciado em Ciências Sociais pela UFMG e doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Ele chegou a lecionar como professor visitante no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de Havana, em Cuba.
Seu trabalho era voltado para comunidades indígenas, cultura negra, comunidades negras rurais remanescentes de quilombos, comunidades urbanas de periferia, cultura popular e folclore.
O congado mineiro é uma manifestação de inspiração bantu, que é um grupo etnolinguístico africano. A expressão folclórica foi um dos principais temas investigados por Romeu Sabará ao longo de sua jornada. Em 1974, o professor e pesquisador concebeu a Missa Conga: rito paralitúrgico vinculado às festas de Congado e do Rosário em Minas Gerais.
Convocado pelos próprios congadeiros, Sabará ocupou a presidência da Federação dos Congados de Minas Gerais, no período de 1989 a 1992. Antes disso, atuou como assessor da instituição, entre 1970 e 1988.
No seu primeiro ano na presidência da Federação, o antropólogo comandou uma delegação de congadeiros à França para participar das comemorações do Bicentenário da Revolução Francesa. A sua tese de doutorado, publicada em 2015, foi um dos trabalhos mais importantes de Romeu, discorrendo sobre a comunidade negra dos Arturos, em Contagem, na Grande BH.
Seu último feito foi o lançamento do livro “Memórias de um antropólogo brasileiro em plena ditadura”. Além disso, ele também escreveu livros de poesia, como De Marias e Madalenas, saga de José Maria Madalena, lançado em 1996 pela Mazza Edições e republicado em Lisboa pela Chiado Books, em 2019.