7,5 milhões de brasileiros já emitiram a nova carteira que está disponível em 24 unidades da federação.
O governo federal está buscando acelerar o processo de digitalização da identidade dos brasileiros, anunciando a implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) como substituta do RG tradicional e da impressão do polegar, que sempre foram essenciais nos documentos de identificação do país.
Ao invés da tradicional imagem do polegar, a nova carteira apresentará um QR code que direcionará para a versão digital do documento, registrada no gov.br e contendo informações de todos os documentos do cidadão, desde a CNH até o PIS. Na versão física, a carteira conterá apenas o CPF, considerado agora como número suficiente para identificação, e estará apta a servir como documento único.
A emissão da nova identidade já está em andamento em 24 unidades federativas, com 7,5 milhões de brasileiros tendo solicitado o documento. A primeira emissão da CIN é gratuita e sua versão digital será acessível através de dispositivos móveis. O governo projeta que até o final de 2026, 70% da população tenha adotado a nova carteira.
O Rio Grande do Sul lidera a lista de estados com o maior número de cidadãos com a identidade atualizada, com 1 milhão de carteiras emitidas, impulsionado em parte pelos danos causados pelas chuvas no estado, resultando na perda de documentos para muitos cidadãos.
Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital no Ministério da Gestão, destaca que a busca pela perfeita identificação dos cidadãos é uma questão que o Brasil persegue há 40 anos. Ele aponta que anteriormente um cidadão poderia possuir múltiplos RGs sem infringir leis, o que criava complicações para o estabelecimento de políticas públicas.
Recentemente, em 28 de maio, a justiça do Distrito Federal decidiu que a nova carteira não deve incluir informações de gênero, uma medida de inclusão para a população trans. O governo ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de recorrer dessa decisão. O documento também poderá indicar deficiências do cidadão. Com a centralização dos dados no CPF, a intenção é que, no futuro, os órgãos tenham acesso simplificado às informações ao longo da vida dos brasileiros.