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O número de brasileiros com dívidas a vencer voltou a crescer depois de duas quedas consecutivas. É o que mostra a nova pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que contabilizou 76,4% de endividados em fevereiro – taxa 0,3 ponto percentual (p.p) acima do registrado em janeiro.
Entre as principais modalidades de dívidas, o cartão de crédito segue liderando o ranking, sendo utilizado por 83,8% do total de devedores. Em seguida, estão os carnês (17%), o crédito pessoal (10,5%) e os financiamentos de carro (8,9%) e casa (8,8%).
Apesar do aumento, o estudo sugere que parte das famílias brasileiras está optando por fazer uma nova dívida, com condições e prazos mais vantajosos, a fim de pagar as dívidas antigas. Isso é considerado positivo, já que diminui o número de inadimplentes. Em fevereiro, a taxa ficou em 28,6%, resultando no terceiro recuo consecutivo.
“A taxa média de juros cobrada aos consumidores apresentou recuo. E isso pode estar fazendo com que as famílias se preocupem mais com os juros pagos pelas contas atrasadas. Desse modo, passam a considerar vantajoso a troca de crédito”, explicou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Além de os consumidores terem menos contas atrasadas, o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias vem recuando há quatro meses, chegando a 48,2% do total de endividados – menor indicador desde julho de 2024. Outro dado positivo é o percentual de consumidores que têm mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas, que atingiu 20,5% – menor percentual desde novembro do ano passado.