Há pouco mais de um mês, os valores das tarifas de pedágio na BR-365 foram reajustados, surpreendendo e gerando reclamações entre os motoristas que utilizam a rodovia. O aumento, no entanto, segue a deliberação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (SEINFRA) e está previsto no contrato de concessão firmado pelo Governo do Estado.

Conforme a empresa responsável pela concessão, os reajustes são realizados anualmente, conforme a inflação, sempre na data de aniversário do início das operações. O objetivo é manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, garantir a sustentabilidade da concessão e possibilitar investimentos em melhorias na rodovia, além de serviços como atendimento mecânico e pré-hospitalar, disponíveis 24 horas por dia.

O reajuste aplicado foi de 4,72%. Assim, a tarifa-base para carros de passeio passou de R$ 12,70 para R$ 13,30. Para motocicletas, motonetas e bicicletas motorizadas, o valor subiu de R$ 6,35 para R$ 6,65. Veículos comerciais, como caminhões e ônibus, também tiveram aumentos proporcionais ao número de eixos. Para usuários frequentes que utilizam vias automáticas, há a possibilidade de descontos que podem alcançar até 80% no mesmo mês.

Com o aumento, o custo para veículos que trafegam entre Patos de Minas ou Patrocínio e Uberlândia, passando pelas duas praças de pedágio, chega a R$ 53,20. Muitos motoristas consideram o valor elevado, especialmente diante das condições da rodovia, que é predominantemente de pista simples, com poucos trechos de terceira faixa.

O reajuste reacendeu o debate sobre o custo-benefício da concessão, destacando a insatisfação de motoristas que esperam melhorias mais significativas na infraestrutura e segurança da BR-365.