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Infecção por dengue pode trazer complicações para gestantes e puérperas

Publicada em 18/03/24 às 10:49h - 13 visualizações

por Rádio Noroeste fm


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O Hospital Júlia Kubitschek, conhecido por seu atendimento especializado a gestantes com arboviroses, viu um aumento significativo no número de pacientes nos últimos 30 dias, com quase 100 mulheres grávidas suspeitas ou confirmadas com dengue.

A atual epidemia de dengue em Minas Gerais, considerada a pior da história, já registrou mais de 500 mil casos prováveis da doença em todo o estado. Esse cenário alarmante exige uma atenção especial, especialmente para as gestantes e mães recentes.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas primeiras seis semanas deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. No Hospital Júlia Kubitschek, esse aumento é palpável, destacando a importância de cuidados adicionais para esse grupo vulnerável.

As mudanças fisiológicas durante a gravidez podem predispor a complicações mais sérias da doença, incluindo problemas hemorrágicos e acúmulo de líquidos em órgãos vitais, como os pulmões.

A ginecologista obstetra Pollyanna Freire Barbosa Lima, do Hospital Júlia Kubitschek, enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta da dengue durante a gravidez e buscar ajuda médica imediata, especialmente se surgirem dificuldades respiratórias ou sangramentos de mucosas.

Além disso, puérperas, mães que acabaram de dar à luz, também estão em maior risco de complicações, principalmente nas primeiras semanas após o parto, devido às alterações fisiológicas persistentes.

É essencial considerar os medicamentos utilizados durante a gestação. Pollyanna destaca que gestantes com dengue devem evitar anti-inflamatórios e anticoagulantes, e o uso de outros medicamentos para dor e febre deve ser avaliado caso a caso pelo médico.

Quanto à prevenção, como a vacina contra a dengue não é recomendada para gestantes, é fundamental adotar medidas rigorosas, como o uso de repelentes aprovados pela Anvisa e roupas que cubram a maior parte do corpo para reduzir as chances de picadas do mosquito Aedes aegypti.

O Hospital Júlia Kubitschek, com sua vasta experiência no atendimento a gestantes durante epidemias, tem sido uma referência crucial no tratamento de casos de dengue, chikungunya e zika. A instituição possui uma equipe preparada e recursos dedicados para lidar com essas situações, oferecendo um atendimento cuidadoso e especializado.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) desenvolveu um Plano de Contingência para enfrentar a epidemia de dengue, mobilizando recursos e estabelecendo protocolos para garantir o tratamento adequado dos pacientes. Unidades como o Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora, estão disponíveis como apoio adicional, conforme a necessidade das autoridades locais.

Agência Minas




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